Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Ourém

B.V. Ourém   249 540 500    B. V. Ourém 
C. S. Ourém   249 540 630    C. S. Ourém 
P.S.P. Ourém   249 540 440    P.S.P. Ourém 
G.N.R. Ourém   249 540 310    G.N.R. Ourém 

Índice do artigo

 

[ 2000 - 2009 ] 

A passagem do milénio trouxe consigo o desaparecimento de uma das figuras mais emblemáticas dos Bombeiros de Ourém, o saudoso Comandante Joaquim da Silva. Com 50 anos de vida dedicados à Corporação, oito dias após ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica, aos 74 anos de idade, viria a falecer no Hospital de Leiria. Como referiu o Noticias de Ourém, “Bombeiros de corporações do norte e sul do país, autarcas, elementos da Protecção Civil e centenas de cidadãos anónimos não quiseram deixar de dizer o último adeus ao antigo comandante (…). Os Bombeiros prestaram-lhe a última homenagem, com todos os homens a associarem-se ao luto, desde as 11 horas da manhã de sábado até às 11 horas de domingo, hora a que foi a enterrar, com quatro homens, constantemente, a render-lhe guarda de honra", segundo publicação do jornal Noticias de Ourém, de 17 de Março de 2000.

Ao longo dos 600 anos de existência dos Bombeiros em Portugal, o papel da mulher sofreu uma evolução que podemos subdividir em três fases distintas: uma primeira fase de participação efectiva, depois uma outra de menor protagonismo e por fim uma terceira, de total integração. No inicio do século XX as mulheres ainda necessitavam da autorização dos pais, caso fossem solteiras, ou dos maridos, para poderem participar nos órgãos das associações, conforme exigia o Código Civil. Actualmente, como sabemos, está consagrada na Constituição Portuguesa, a igualdade sexual. Depois do 25 de Abril de 1974, a Constituição Portuguesa acabou com estes entraves e, a pouco e pouco, os Corpos de Bombeiros foram integrando nos seus quadros activos, elementos femininos. Em relação à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém, encontramos ligada à vida associativa, a partir de 13 de Abril de 1977, como Vice-Presidente da direcção, Maria da Graça de Almeida Pereira Verdasca Isabel, filha do Comandante José Maria Pereira.Já em relação às actividades do corpo de Bombeiros, a questão era bem diferente. Em Agosto de 2002 foi dada a conhecer a intenção de criar “muito brevemente, um corpo feminino de Bombeiros”. Para o efeito seriam abertas inscrições para mulheres com mais de 18 anos e com a escolaridade obrigatória que deveriam, posteriormente, receber instrução no seio da própria corporação. 

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Em 2002, a Direcção dos Bombeiros achou-se ser necessário, passados que são 20 anos desde as últimas alterações, em 1982, proceder-se “a uma nova actualização moldando-os e renovando-os de acordo com a realidade existente, sem lhes retirar, naturalmente, o seu carácter Associativo e mantendo-lhe o seu perfil unificador.” Assim, foi deliberado agendar uma reunião especifica sobre esta matéria, para o dia 21 de Setembro, “onde deverão estar presentes para além do elenco directivo, os Senhores Presidentes da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, e também o Sr. Comandante. Seria na Assembleia Geral Extraordinária de 11 de Outubro desse mesmo ano que seria analisada e votada a proposta de alteração dos Estatutos da Associação, bem como também seria apresentada e votada a proposta de regulamento interno da Associação.

 2002 foi um ano complicado para os “Soldados da Paz” a nível nacional. Também Ourém não esteve imune. “Só no mês de Julho ocorreram 70 incêndios no concelho, tantos quantos os que tiveram lugar entre Janeiro e Julho. Há já 700 hectares de área ardida”, apontando-se mão criminosa na maior parte dos fogos. A situação era grave e «tudo isto sem que Ourém tenha podido contar, este ano, com o apoio dos meios aéreos que, encontrando-se no Sardoal, “ levam sete a dez minutos a chegar (…). Por isso, os corpos directivos dos Bombeiros de Ourém não deixam de la-mentar que existam estruturas no concelho sem ser utilizadas, como é o caso da pista da Giesteira.

A mudança de século não trouxe grandes mudanças na área da cultura e desporto. O Núcleo de Actividades Desportivas e Culturais dos Bombeiros continuou activo. Em 2002, a Direcção “tomou nota do empenho e da dedicação (…) na organização do Torneio de Futebol de Salão, que está actualmente a decorrer, as preocupações inerentes à realização das já tradicionais Fogueiras dos Santos Populares, pretendendo ainda e após a época dos Fogos Florestais, promover a realização de um torneio de Snooker e uma Sessão de Fados”. Também importa referir o II Festival de Fanfarras, realizado no dia 16 de Junho. 

Em 2005, em pleno Verão os Bombeiros do concelho, enfrentam o fogo em Espite, vindo da Memória. Com cerca de 40 graus de temperatura e vento forte que propagou o incêndio por seis freguesias do concelho, os cerca de 80 homens e 6 viaturas, eram manifestamente insuficiente para acudir às chamas que durante quarenta e oito horas, lavraram intensamente. Dez casas de habitação, uma oficina, barracões, animais e mato foram consumidos pelo fogo. (…) O negro das cinzas povoa os sete mil e quinhentos hectares consumidos nas freguesias de Casal dos Bernardos, Urqueira, Olival, Espite, Matas e Caxarias.

O Comandante Júlio Henriques considerou-o “um dos incêndios mais graves na história do concelho”, tendo sido accionado o Plano Municipal de Emergência.

Estranho é terem deflagrado com um curto intervalo de tempo quatro incêndios. Mais uma vez, era a mão criminosa dos piromaníacos que fazia perigar não só bens mas também a vida de pessoas. Quando o incêndio em Santarém dos Tojos, freguesia de Gondemaria estava “praticamente circunscrito” deflagram as chamas junto ao restaurante “Pirilampo” em Areais, Gondemaria. Da freguesia de Gondemaria passou para a freguesia de Atouguia. Estiveram envolvidos no combate a este incêndio 16 viaturas e 60 homens das corporações de Ourém, Fátima, Caxarias, Batalha, Torres Novas, Leiria, Coruche, Santa Catarina e Minde.

Com a passagem do milénio, o espaço físico da sede da Associação continua ao serviço da população. “Sobre a utilização do Pavilhão Gimnodesportivo, referiu o Sr. Presidente da Direcção, que teria na sua opinião todo o sentido que fossem promovidas acções de incentivo à utilização daquele espaço, por parte da sociedade civil, sendo a gestão das respectivas actividades a implementar – ginástica, Karaté, Escola de Futebol, etc... – da total responsabilidade da Associação.”

Na boa tradição herdada do século passado, continuava a ser utilizado por outras instituições, com é o caso, em 2007, da « “Juventude Ouriense”, “Jardim Infantil” e “Centro de Recuperação Infantil – CRIO”, para que á semelhança do que se tem verificado em anos anteriores, cada entidade possa desenvolver as actividades desportivas que pretende. A partir de 2007, adaptando-se às novas tecnologias, surgiu a intenção de construir uma página na Internet, divulgando assim pelo mundo inteiro a actividade dos Bombeiros Voluntários de Ourém.

No dia 1 de Junho de 2008 Cátia Marques iniciaria o seu trabalho na Corporação de Ourém, vinda da Cruz Vermelha de Leiria, onde se tinha inscrito, já que não podia ingressar nos Bombeiros da sua terra, tornando-se a primeira mulher a aderir ao corpo de Bombeiros de Ourém. Esta mudança continuaria a fazer-se sentir e, passados apenas 15 dias, entraria também ao serviço da Corporação Cristina Pereira. A estas duas mulheres juntaram-se outras duas que pertencem à secção da Freixianda, Graciela dos Anjos Silva Alves e de Espite, Cecília Maria Pereira. Para ajudar no combate aos incêndios debatia-se, a partir de 2008, a “criação ou não de uma Equipa de Intervenção Permanente, em parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Câmara Municipal de Ourém que naturalmente ficará sedeada no nosso Quartel. Aprovada por unanimidade a proposta, no ano seguinte era “apresentada uma proposta do senhor Comandante, onde dava conta da selecção dos candidatos a integrar a Equipa de Intervenção Permanente – EIP, cuja relação nominal se dá conta: Custódio Jorge Marques Oliveira (Chefe Equipa), Hélder Manuel Pereira Vieira, Tiago José Pereira Lopes Cruz, Nelson José Lopes Serôdio e Tiago Fernando Mordomo Dias Alves”.

Previa-se que entrasse ao serviço logo no inicio de 2010, o que de facto veio a acontecer. Esta Equipa de Intervenção Permanente – EIP, tinha um programa semanal de actividades. Em Outubro de 2010 estavam no terreno, “a efectuar visitas a lares de idosos, para determinarem, avaliarem e registarem operacionalmente as melhores formas de intervenção”.

 

 

 

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