A Associação Humanitária de BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS de OURÉM é uma entidade de utilidade publica e caracter humanitário, com a sua existência legal desde 4 de Janeiro de 1912 tem por objectivo principal manter um corpo de Bombeiros Voluntários que honrem a divisa VIDA POR VIDA, cujo regulamento interno está previsto em lei, para socorrer feridos e doentes e para a protecção, por qualquer forma de vidas e bens.
O trajecto duro e longo desta Associação constitui, hoje, uma pátria de humanidade e une-nos numa grande família. Uma família vasta e abrangente, forte e solidária. Feita de entreajuda e esforços conjuntos nas causas que nos tocam a todos.
Somos uma família constituída não só pelos Bombeiros e o seu Comando, os seus Órgãos Sociais e Associados mas também pelo Município e das Juntas de Freguesia de Ourém, que sempre mantiveram uma muito importante proximidade à nossa associação, num constante apoio às necessidades da nossa Causa, quer nas nossas atividades como o cortejo, quer dotando-nos dos meios necessários ao combate às vulnerabilidades da nossa comunidade. Mas, em primeiro lugar, é à família da população que somos e servimos todos os dias desde há mais de cem anos.
Neste lar, a população sempre se manteve muito presente, e sempre se orgulhou dos seus Bombeiros. Os vários prémios alcançados, quer a nível nacional, quer internacional, instituíram na nossa comunidade a ideia de sermos os melhores Bombeiros do mundo. Dentro deste espírito, existiram muitas épocas em que muita da nossa população queria fazer parte desta corporação. E muitas vezes, foi nela que viveram os seus momentos mais gloriosos, uma infinita variedade de histórias, de lemas de vida.
Hoje, os Bombeiros Voluntários de Ourém orgulham-se de ser uma moderna corporação, com instalações dignas e um corpo de bombeiros e bombeiras sempre prontos a acudir aos flagelos que assolam o concelho. Surgiram da casa mãe, é bom recordar, 2 corporações, Caxarias e Fátima, mantendo-se, no presente, as secções de Espite e Freixianda.
Breve História do Concelho de Ourém
Região de transição, mas ainda de carácter estremenho, o concelho de Ourém ocupa uma superfície com a área de 416.500 Km2. Os seus limites territoriais confinam com os concelhos de Alvaiázere, Ferreira do Zêzere, Tomar, Torres Novas, Alcanena, Batalha, Leiria e Pombal. Situado maioritariamente numa vasta planície, tem o seu ponto mais elevado no Cabeço de Óbidos, a uma altitude de 370,89 metros. Grande parte do território é circundado por uma muralha de serras que forma um côncavo profundo, por onde passa a ribeira de Seiça.
Não faltam vestígios pré-históricos na região, comprovando a ocupação efectiva deste território, situado nas faldas da Serra de Aire. Durante a ocupação romana, Ourém era atravessada pela via militar Lisboa-Braga que, por Cellium (hoje Seiça) seguia em direcção a Scalabis (Santarém). Objecto de passagem de alguns povos que ocuparam a franja ocidental da Península Ibérica, a povoação erguida no alto de uma colina de 328 metros de altura, viria a ser conquistada por D. Afonso Henriques, em 1136. Teve foral dado pela sua filha, D. Teresa9, em Março de 1180. D. Manuel I deu-lhe foral novo a 6 de Maio de 1515 e D. Pedro II concedeu-lhe foral novíssimo, a 6 de Julho de 1695.
No século XIV, depois da batalha de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira recebeu o condado, por carta de 1 de Julho de1384. Com um vasto território, que se estendia até Porto de Mós, o Condestável inicia a fase palaciana e castelã, que terá o seu auge com o neto D. Afonso. Com a morte deste quarto conde de Ourém, o título passa a pertencer a D. Fernando, seu irmão, que também herdará, de seu pai, o título de Duque de Bragança.
A velha e muralhada Ourém iria sofrer três rudes golpes: o terramoto de 1755, a invasão de Massena e as refregas entre liberais e absolutistas. Com a vila semi- -destruída, a população começou a estabelecer-se no vale, junto à Aldeia da Cruz. No dia 5 de Dezembro de 1841, esta povoação seria elevada, por D. Maria I, à categoria de vila, com a denominação de Vila Nova de Ourém. Sede do município, em 1991 passou a cidade com o nome de Ourém, englobando o velho e acastelado burgo.
Hoje em dia, com 18 freguesias e cerca de 50.000 habitantes, o concelho tem duas cidades - Ourém e Fátima - e quatro vilas - Caxarias, Freixianda, Vilar dos Prazeres e Olival.