Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Ourém

B.V. Ourém   249 540 500    B. V. Ourém 
C. S. Ourém   249 540 630    C. S. Ourém 
P.S.P. Ourém   249 540 440    P.S.P. Ourém 
G.N.R. Ourém   249 540 310    G.N.R. Ourém 

Índice do artigo

 

[ 1990 - 1999 ] 

Em 1990, no dia 5 de Agosto, um intenso fogo alastrou “na região de Fátima, consumindo pinhal, eucaliptal, mato, olival e pastagens, abrangendo uma área de 200 hectares. O fogo foi detectado cerca das 14 horas de Domingo, expandindo-se rapidamente por toda a zona, nomeadamente, Ortiga, Montelo, Amoreira, Moitas, Gaiola, Vale Cavalos, Pederneira, Paço de Soudo, Ramila, Bairro e Casal Farto. Como a “União faz a Força” e dadas as circunstâncias de perigo eminente, foi necessária a intervenção de Corporações vizinhas: Torres Novas, Tomar, Ferreira do Zêzere, Golegã, Entroncamento, Sardoal, Barquinha, Constância, Cartaxo, Rio Maior, Batalha, Leiria e Vieira de Leiria, totalizando 133 homens e 32 viaturas. Meios aéreos foram também utilizados no combate às chamas, através de dois aviões e um helicóptero da Pista do Lago Azul (F. Zêzere).

Continuavam entretanto várias actividades de índole cultural e desportiva nos Bombeiros. Um dos eventos que já tinha uma certa tradição era o futebol de salão, realizado no Pavilhão. Em 1991, tinha lugar o 2º Torneio de Inverno. Também as festas de aniversário eram um importante veículo de união entre todos os Bombeiros, onde a “velha guarda” primou sempre pela comparência. Quanto aos cortejos de oferendas, estes continuam a ser um importante meio de angariar fundos tão necessários para a actividade diária da Associação.

Aniversário da Corporação em 4 de Janeiro de 1992. Simbolicamente (e fazendo já parte da tradição), o bolo foi cortado pelo elemento mais velho, José Alho , ajudado pelo mais novo, Bruno Claudino.

Em 1992, decorriam a bom ritmo, as obras de reparação da cobertura do Salão de Actividades, para o que muito contribuiu a comparticipação “no valor de Escudos: 3000.000$00 da Secretaria de Estado da Administração Local e do Ordenamento.

As instalações dos Bombeiros, continuavam a ser requisitadas para os mais variados fins – políticos, sectoriais, culturais, educativos, desportivos, (muitas vezes aproveitando as festividades do Natal dos Bombeiros), recreativas e até para casamentos. Mas não era só o espaço físico que era pedido, mas também muitas vezes as mesas e cadeiras serviam a população. 

Em Março de 1992 realizava-se, nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ourém, o 30º Congresso Ordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses. “Presidiu ao Congresso o P. Vítor Melícias, na qualidade de Presidente da mesa dos Congressos e estiveram presentes, o Conselho Administrativo e Técnico da referida Liga, os Presidentes das Federações de todo o País (incluindo Açores e Madeira que, registe-se, pela primeira vez marcaram presença num Congresso), o Presidente da Câmara de Ourém, recebido com formatura e fanfarra pelos Bombeiros locais e, em representação do Bispo da diocese, o Coadjutor D. Serafim.”

Os anos 90 assistiriam ao desaparecimento de mais uma figura querida dos Bombeiros de Ourém. No dia 12 de Setembro de 1993, falecia, vítima de um acidente de viação, o Dr. Albano Rodrigues. Com 81 anos de idade era natural de Mortágua, onde nasceu a 23 de Fevereiro de 1912. Formando-se em medicina a 24 de Junho 1940 nesse mesmo ano veio para Ourém onde, desde então, exerceu a sua actividade.

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No dia 10 de Novembro de 1993, por despacho do Ministério da Administração Interna, foi criada a 7.ª secção dos Bombeiros Voluntários de Ourém, com sede na freguesia de Espite. No ano seguinte, em Agosto iniciava-se a construção do quartel da secção de Espite, obras essas que se prolongaram até 1999. Enquanto isso, a sede da corporação funcionava primeiramente na sede da Junta, tendo-se depois mudado para a cave do então recém inaugurado Lar. Depois de um breve regresso às instalações da Junta, 1999, assistiria à ocupação do novo edifício, criado de raiz para receber os Bombeiros.

 Em 1995, após meio século como bombeiro, 30 anos dos quais ocupando o cargo de comandante e de ter permanecido uma dúzia de anos na direcção da Ligados Bombeiros Portugueses, Joaquim da Silva, com 66 anos de idade, deixava o comando dos Voluntários de Ourém, passando ao quadro honorário da corporação. O comando acabou por ser entregue a José Baptista Henriques. Passava a chefiar uma corporação com cerca de 200 efectivos e quatro secções divididas por outras tantas freguesias.

Em Abril de 1995, ainda sem quartel, a secção de Fátima, começou a funcionar com 3 ambulâncias no activo e com cerca de 45 elementos. Todavia, apesar de estar criada a secção de Fátima o comando técnico e operacional dependia de Ourém. No mês seguinte passam a ocupar instalações cedidas pela autarquia, no mesmo edifício que alberga o Centro de Saúde e a Biblioteca. Davam-se entretanto os primeiros passos para a autonomia plena. Em 22 de Abril de 1995, a Liga dos Amigos dos Bombeiros Voluntários de Fátima formalizou por escritura pública a sua existência legal. Agostinho Xavier foi o seu primeiro presidente. A inauguração das instalações (onde ainda hoje se encontram) realizou-se no dia 3 de Dezembro desse mesmo ano.

Em 27 de Março de 1998, ao ser novamente eleito presidente da Direcção, Carlos Batista estabelecia algumas metas a alcançar nos finais dos 90: Dinamizar a Associação junto da juventude, passando pela angariação de novos sócios e de regalias para os mesmos. (…) Protocolos com escolas, associações culturais, e com a Câmara Municipal estão a ser limados para que seja permitido o usufruto das instalações pela população para desta forma, familiarizar a corporação dos Bombeiros e o exercício das suas funções no concelho. Mas a grande novidade está na construção do sector C, uma nova secção que terá um pavilhão com balneários e posto médico para uso do corpo activo e posteriormente para uso dos sócios, a realizar ainda no ano de 98. 

No ano seguinte, em 1999, para ajudar às despesas inerentes às suas funções, (…) a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém promove dois espectáculos, um de variedades dia 15 de Outubro, no cine-teatro municipal de Ourém e outro de fados, no salão nobre dos Bombeiros, dia 4 de Dezembro. Com estes espectáculos, os Bombeiros pretendem angariar fundos que ajudem a renovação que este ano está a ser levada a cabo, em equipamentos na área da saúde, bem como nas instalações onde decorrem obras de remodelação do salão de jogos e dos balneários do sector operacional.

No inicio de 1999, ao comemorar o seu 87° aniversário, o comandante dos Bombeiros, Júlio Henriques, fez um breve balanço do ano de 1998, salientando que «foram chamados a intervir 3.367 vezes. Dessas, 325 foi para combater incêndios, tendo ardido uma área de 56,5 hectares, 513 para socorrer acidentes, 2.126 para efectuar emergências médicas, ficando as outras ocorrências (aberturas de portas; cortes de árvores, lavagens de estradas e prevenção a provas desportivas), pelos 258 chamamentos. Os números provam assim que, cada vez a intervenção dos Bombeiros vai mais além daquele que é o núcleo central da sua actividade, o serviço de incêndios e o serviço de saúde. Tal situação, afirma o comandante, “obriga a uma presença quase permanente de efectivos, o que não é compatível com o actual estatuto em que os voluntários se encontram”, tornando-se bastante difícil articular as necessidades com a disponibilidade dos soldados da paz. Proféticas palavras estas para um ano que se viria a revelar trágico. Para o comandante foi um “ano horribilis”, dado que os incêndios têm tomado proporções bastantes grandes, o que tem dificultado a acção dos Bombeiros e o calor que se tem feito sentir também tem ajudado a que o desenvolvimento de fogos seja bastante grande.

Valeu a estratégia que foi criada a partir do ano anterior, com dois grupos de GPI's - Grupos de Primeira Intervenção, com cinco Bombeiros por viatura e um GAP - Grupo de Apoio, que é um auto-tanque com dois Bombeiros.

  

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