Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Ourém

B.V. Ourém   249 540 500    B. V. Ourém 
C. S. Ourém   249 540 630    C. S. Ourém 
P.S.P. Ourém   249 540 440    P.S.P. Ourém 
G.N.R. Ourém   249 540 310    G.N.R. Ourém 

Índice do artigo

A Associação Humanitária de BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS de OURÉM é uma entidade de utilidade publica e caracter humanitário, com a sua existência legal desde 4 de Janeiro de 1912 tem por objectivo principal manter um corpo de Bombeiros Voluntários que honrem a divisa VIDA POR VIDA, cujo regulamento interno está previsto em lei, para socorrer feridos e doentes e para a protecção, por qualquer forma de vidas e bens.

O trajecto duro e longo desta Associação constitui, hoje, uma pátria de humanidade e une-nos numa grande família. Uma família vasta e abrangente, forte e solidária. Feita de entreajuda e esforços conjuntos nas causas que nos tocam a todos.

Somos uma família constituída não só pelos Bombeiros e o seu Comando, os seus Órgãos Sociais e Associados mas também pelo Município e das Juntas de Freguesia de Ourém, que sempre mantiveram uma muito importante proximidade à nossa associação, num constante apoio às necessidades da nossa Causa, quer nas nossas atividades como o cortejo, quer dotando-nos dos meios necessários ao combate às vulnerabilidades da nossa comunidade. Mas, em primeiro lugar, é à família da população que somos e servimos todos os dias desde há mais de cem anos.

Neste lar, a população sempre se manteve muito presente, e sempre se orgulhou dos seus Bombeiros. Os vários prémios alcançados, quer a nível nacional, quer internacional, instituíram na nossa comunidade a ideia de sermos os melhores Bombeiros do mundo. Dentro deste espírito, existiram muitas épocas em que muita da nossa população queria fazer parte desta corporação. E muitas vezes, foi nela que viveram os seus momentos mais gloriosos, uma infinita variedade de histórias, de lemas de vida.

Hoje, os Bombeiros Voluntários de Ourém orgulham-se de ser uma moderna corporação, com instalações dignas e um corpo de bombeiros e bombeiras sempre prontos a acudir aos flagelos que assolam o concelho. Surgiram da casa mãe, é bom recordar, 2 corporações, Caxarias e Fátima, mantendo-se, no presente, as secções de Espite e Freixianda.

 

 

 

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Breve História do Concelho de Ourém

 

Região de transição, mas ainda de carácter estremenho, o concelho de Ourém ocupa uma superfície com a área de 416.500 Km2. Os seus limites territoriais confinam com os concelhos de Alvaiázere, Ferreira do Zêzere, Tomar, Torres Novas, Alcanena, Batalha, Leiria e Pombal. Situado maioritariamente numa vasta planície, tem o seu ponto mais elevado no Cabeço de Óbidos, a uma altitude de 370,89 metros. Grande parte do território é circundado por uma muralha de serras que forma um côncavo profundo, por onde passa a ribeira de Seiça.

Não faltam vestígios pré-históricos na região, comprovando a ocupação efectiva deste território, situado nas faldas da Serra de Aire. Durante a ocupação romana, Ourém era atravessada pela via militar Lisboa-Braga que, por Cellium (hoje Seiça) seguia em direcção a Scalabis (Santarém). Objecto de passagem de alguns povos que ocuparam a franja ocidental da Península Ibérica, a povoação erguida no alto de uma colina de 328 metros de altura, viria a ser conquistada por D. Afonso Henriques, em 1136. Teve foral dado pela sua filha, D. Teresa9, em Março de 1180. D. Manuel I deu-lhe foral novo a 6 de Maio de 1515 e D. Pedro II concedeu-lhe foral novíssimo, a 6 de Julho de 1695.

No século XIV, depois da batalha de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira recebeu o condado, por carta de 1 de Julho de1384. Com um vasto território, que se estendia até Porto de Mós, o Condestável inicia a fase palaciana e castelã, que terá o seu auge com o neto D. Afonso. Com a morte deste quarto conde de Ourém, o título passa a pertencer a D. Fernando, seu irmão, que também herdará, de seu pai, o título de Duque de Bragança.

A velha e muralhada Ourém iria sofrer três rudes golpes: o terramoto de 1755, a invasão de Massena e as refregas entre liberais e absolutistas. Com a vila semi- -destruída, a população começou a estabelecer-se no vale, junto à Aldeia da Cruz. No dia 5 de Dezembro de 1841, esta povoação seria elevada, por D. Maria I, à categoria de vila, com a denominação de Vila Nova de Ourém. Sede do município, em 1991 passou a cidade com o nome de Ourém, englobando o velho e acastelado burgo.

Hoje em dia, com 18 freguesias e cerca de 50.000 habitantes, o concelho tem duas cidades - Ourém e Fátima - e quatro vilas - Caxarias, Freixianda, Vilar dos Prazeres e Olival.

 

 

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[ 1910 - 1919 ] 

 

O nascimento da nossa associação, enquadramento histórico

 

 

No inicio do século XX, o Concelho de Vila Nova de Ourém era composto por nove freguesias, das quais sete eram rurais e apenas duas urbanas ou semi-urbanas (Vila Nova de Ourém e Freixianda). Representando,  8,1% da população total do distrito de Santarém, segundo o censo de 1911.

 

O concelho era mal servido de rede viária, sendo Vila Nova de Ourém atravessada pela única estrada digna desse nome, que fazia a ligação, por Seiça, a Chão de Maçãs, na direcção a Tomar e a Leiria, por Pinhel, Cercal e Pousos. Em relação ao caminho-de-ferro, a situação era um pouco melhor, uma vez que, a partir de Maio de 1863, começou a funcionar a estação de Caxarias. Situada no norte do concelho, servia basicamente para a exportação de madeiras e transporte de passageiros. A estação de Chão de Maçãs, já no concelho de Tomar, era utilizada principalmente pelos habitantes da freguesia de Seiça. Ambas faziam parte da linha do Norte, ligando Lisboa ao Porto.

 

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Esta era a situação que existia no concelho de Via Nova de Ourém quando um conjunto de homens resolveu iniciar os trâmites que conduziriam à criação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém.

Embora podendo causar alguma polémica, a data oficial da fundação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém não será 7 de Junho de 1911, mas sim a 4 de Janeiro do ano seguinte, quando, por alvará passado pelo Governador Civil de Santarém, Dr. Francisco Nunes Godinho, foram aprovados os Estatutos datados de 7 de Julho de 1911 apresentados pela Comissão Organizadora, composta por António Joaquim de Sousa Leitão, Pedro Álvaro da Rocha Gaspar, José Charters de Azevedo e Luís António Vieira de Magalhães e Vasconcelos.

 O primeiro aquartelamento, segundo alguns testemunhos orais, teria sido em instalações provisórias pertencentes ao Barão de Alvaiázere, na Rua lº de Dezembro. Juntamente com os parcos apetrechos da instituição nessa altura salientava-se uma bomba braçal, que sobreviveu até aos dias de hoje.

 

 

 

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Posteriormente, vieram a instalar-se na Rua Teófilo Braga, junto ao Hospital de Santo Agostinho, num rés do chão amplo, pertencente Joaquim Vieira Verdasca.

 

Dali saíram para a Rua Carvalho Araújo numas dependências da habitação do Comandante Leitão e ergue-se o «Esqueleto» numa propriedade ao tempo de Júlia Teixeira, próximo da actual Rua Dr. Silva Neves.

 

 

 


 

 

[ 1920 - 1929 ] 

 

 

Não havendo Livro de Actas de 1912 até à reestruturação da Corporação em 1932, apenas nos podemos socorrer de alguns elementos dispersos.

A associação foi funcionando de forma intermitente, pelo que não possuimos muitos dados históricos da primeira e segunda década do século XX, sabemos que no ano de 1912 se comprou o primeiro material de incêndios e equipamentos, enquanto que, voluntariamente, se vão alistando e treinando, entre outros:
 

  António Lopes – 29 anos, empregado de comércio
  António Gonçalves Vigário – 26 anos, pedreiro
  Alfredo Viana de Sousa Leitão - 37 anos, farmacêutico
  Francisco da Cruz Claudino – 27 anos, correeiro
  Ildefonso Maria Fernandes – 34, aferidor da câmara
  Mestre Idalino, funileiro
  Joaquim da Fonseca Ribeiro – 37 anos, proprietário
  Joaquim Pereira – 32 anos, comerciante
  José Andrade da Fonseca Rito – 29, proprietário
  José Rato
  Júlio Alves – 28 anos, ferrador
  Júlio Casimiro – 45 anos, proprietário
  Manuel António Gravia – 27 anos, proprietário
  Manuel Freitas da Silva – 24 anos, oficial de diligências da Câmara

 

Data desta altura o Regulamento interno do Corpo Activo, de que vamos respigar alguns artigos que reputamos de algum interesse.

“Art. 1.° - Os sócios átivos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém, formam um corpo que tem a denominação de Corpo dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém.
§1.°—O corpo átivo compõe-se de Primeiro Comandante. – Segundo Comandante ou Imediato. - Desoito Bombeiros - Um clarim.
[…]

Art. 2.° - Para qualquer indivíduo poder pertencer ao corpo átivo, terá que satisfaser aos seguintes requisitos:
1.º Ter mais de 18 anos e ter robustez e aptidão física.
2.° Ter uma posição definida na sociedade e conduta irrepreensível.

Art. 3.°—Enquanto não for organisado o corpo de Ambulância, estes serviços ficarão especialmente a cargo de quaesquer indivíduos que, em ocasião de necessidade, se prestem a auxiliar o pessoal efétivo.
[…]

Clarim
O clarim poderá ser menor, não tendo contudo menos de 15 anos e deverá faser os toques de unir e de alarme, quando tenha conhecimento de qualquer sinistro, conservando-se sempre junto dos comandantes em ocasião de sinistro.”
É aliás de assinalar que no final deste regulamento interno, são escritos os diferentes sinais de ordenança a cargo do clarim.
Quanto à alerta de incêndios, era o toque do sino que indicava o local do sinistro.

 

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[ 1930 - 1939 ]

 

 

Fazendo juz ao símbolo da Fénix presente no emblema, os Bombeiros de Vila Nova de Ourém renascem nos anos 30 do século XX. Em 1932, Alfredo Viana de Sousa Leitão, Carlos Emídio Pereira, José de Sá Ribeiro e José Maria Pereira, reorganizam a Corporação, elegendo-se a Direcção.

Coincidindo com este entusiasmo inicial, a lista de sócios inscritos em 1932 comportava 146 nomes, que pagavam uma quota anual de 2$50 escudos.

Em 6 de Março de 1933, a Corporação de Vila Nova de Ourém é admitida como sócia da Liga dos Bombeiros Portugueses, tendo sido a sexta Corporação do Distrito a fazê-lo.

 

O Jornal O Século, de 5 de Novembro de 1933 noticiava a propósito do Concurso de Bombeiros em Santarém, com a participação de “numerosas organizações das mais activas e beneméritas”, que os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém se iriam fazer representar por “catorze homens, sob o comando do instrutor sr. António Pedro da Costa.

Noticia premonitória esta, já que no dia 5 de Novembro os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém, obtiveram o primeiro lugar, bem como foram os que menos tempo gastaram nos exercícios realizados.

 

 

 

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Os anos 30 marcam o inicio de uma tradição desportiva que se iria manter por longos anos, criando à volta da sua equipa de Basquet um carinho e prestigio especiais.

A primeira prova oficial, disputada em Leiria, foi o Torneio Estímulo, cujos jogos tiveram lugar em 1934, tendo sido vencedora a equipa de Vila Nova de Ourém.

Durante três anos seguidos, o Grupo Desportivo dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém conquista brilhantemente o título de campeão regional.

 

 

Em 1935, os magros proventos da instituição saem ligeiramente reforçados, já que, em virtude do apoio dado aos peregrinos nos dias de grande afluência a Fátima, é recebido “um oficio do senhor Bispo de Leiria, no qual é feita a cedência dos terrenos pertencentes ao Santuário de Fátima para recolha de carros no dia doze do corrente com autorização de cobrança de taxa de cinco escudos por cada carro entregue à guarda dos Bombeiros.

 

Em 24 de Março de 1936 é nomeado pela Camara Municipal um Segundo Comandante ou Imediato, para que permanecesse regularmente em Vila Nova de Ourém. Segundo o Boletim da Junta Geral do Distrito de Santarém, a corporação tinha “22 homens, com o apoio de um auto pronto-socorro e mais duas viaturas auxiliares”.

 

 

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No dia 20 de Julho de 1938, na Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros voluntários desta Vila, foi lida uma carta de José Andrade da Fonseca Rito comandante da corporação, alegando que, por virtude dos seus afazeres particulares, lhe era impossível continuar á frente da Corporação. Pelos serviços prestados à Associação, e sob proposta do então presidente da Direcção, Dr. Ângelo Tamagnini, que irá ocupar o cargo de Comandante, foi-lhe conferida a distinção de comandante Honorário.

Em 1939 os Bombeiros de Vila Nova de Ourém, saem pela primeira vez em missão fora do Conselho para irem auxiliar os seus colegas de Tomar, num incêndio que deflagrou no dia 11 de Dezembro, numa fábrica de cerâmica.

 

 

 


 

[ 1940 - 1949 ]

 

 

 

Em 18 de Março de 1942 assume o Comando da Corporação José Maria Pereira, ainda como Ajudante, em Outubro de 1941, foi por sua iniciativa que os Bombeiros lançaram mão à construção de acomodações próprias para camaratas, possibilitando um serviço permanente durante a noite.

 

Em 5 Fevereiro de 1945 a Direcção decidiu “requisitar na Estação Telegrafo” , um telefone com o n.° 44.

 

Em 1945, tendo os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém já 33 anos de existência, anuncia-se a criação próxima de um Corpo de Bombeiros em Caxarias. No dia 4 de Novembro de 1945, Caxarias inaugurava o seu Quartel de Bombeiros, num clima de festa. O quartel era um barracão da extinta oficina de ferreiro, situada onde hoje se estende o estaleiro e se erguem os armazéns da Madeca e as oficinas da Renault., onde ficou o material de aprendizagem e de eventual acção de primeiros socorros: um velho carro de bomba manual cedido pelos B. V. de Ourém.

 

 

 

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Em 1946, o Dr. Albano Rodrigues torna-se o médico da Corporação. E na acta de 1 de Novembro de 1946, regista-se a compra de uma “frogonete” Pronto-Socorro marca “Dodge”, modelo WX – 21 – 1956.

 

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Em 1 de Setembro 1947 “foi resolvido aceitar os nomes propostos para a Direcção da Secção dos Bombeiros desta Associação em Caxarias, com a seguinte distribuição dos cargos: Presidente, Gualberto Mendes; Secretário, Manuel Fernandes de Abreu; Tesoureiro, José da Silva Ferraz Júnior; Chefe de Secção, António de Sousa.

 

 

Num relatório feito no dia 7 de Janeiro de 1949, o novel Comandante José Maria Pereira faz o levantamento dos serviços prestados pelo corpo activo desde a reorganização dos Bombeiros, em 1932. Assim, até 1940, ficam documentados os serviços e ocurrências feitas pela corporação.

 

Em 1949, a Corporação de Bombeiros realizou um exercício em homenagem à colónia ouriense em Lisboa que, no dia 12 de Junho, veio em excursão a Vila Nova de Ourém.

 

 

 

 


 

[ 1950 - 1959 ]

 

 

Desde que houve a reorganização dos Bombeiros em 1932 que havia o sonho de se construir um Quartel condigno, o início da Segunda Grande Guerra adiou o projecto, em 23 de Janeiro de 1949, o sonho começou a tomar forma. O inicio do ano de 1950 começa com uma boa noticia. O Ministro das Obras Públicas deu parecer favorável à comparticipação do Estado para a obra.

 

Já em 1951, com o progresso a instalar-se em Vila Nova de Ourém, a rede telefónica aumentava o seu numero de assinantes, mudando também o número do Quartel dos Bombeiros, que passou a ser o 4234.

 

 

Finalmente, em 1952, começa a concretização do sonho há tanto tempo acalentado a construção do edifício destinado a sede da Associação e quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém.

 

 

Fruto destas melhorias, também o corpo de Bombeiros ia aumentando. Em 27 de Março de 1955 o efectivo da nossa Corporação aumenta para cerca de 40 Bombeiros.

 

 

 

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No final da década, em 1959, “tomou-se conhecimento pelo oficio n.º 1547/59 da Inspecção de Incêndios da Zona Norte, de que esta Corporação passou a pertencer à Zona Sul por Decreto-Lei nº 42.536 de 28 de Setembro do ano em curso. Em Fevereiro do ano seguinte foi aprovado o novo Regulamento, já que a Corporação de Vila Nova de Ourém ainda se regia pelo regulamento que possuíam desde a sua fundação.

 

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Em 1959, quando das comemorações do 47º aniversário da fundação dos Bombeiros Voluntários de Ourém, “no Campo desportivo do Lagarinho, realizou-se um encontro amigável de futebol entre equipas representativas dos Bombeiros de Leiria e Ourém, com o resultado de 8 a l a favor de Ourém. Assistiram ao jogo muitas pessoas, entre elas o Presidente e outros membros da Liga dos Bombeiros Portugueses, Comandantes das Corporações representadas em campo, directores da Associação dos Bombeiros, etc..

 

 

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[ 1960 - 1969 ]

Em 23 de Setembro de 1961 os Bombeiros prestavam homenagem a um dos grandes beneméritos da Corporação – Vicente Rodrigues. Natural de Febres, concelho de Cantanhede, desde sempre se destacou em Vila nova de Ourém pelo apoio prestado às causas humanitárias - a Corporação dos Bombeiros Voluntários, o Asilo, a Casa da Criança, a Sopa dos Pobres, o Hospital de Santo Agostinho , foram instituições que muito devem à sua generosidade.

As Bodas de Ouro - Meio século de vida [ 04/01/1962 ]

Na edição de 25 de Fevereiro de 1962, o articulista do jornal Noticias de Ourém, J.G., fazia uma resenha das comemorações do quinquagésimo aniversário dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém. “A salientar - na impossibilidade de lembrar todos os actos comemorativos - referiremos a deposição de flores na última morada de muitos e saudosos Bombeiros; a celebração de missa campal no Largo da Feira do Mês, durante a qual o Rev. Prior P. e Henrique Antunes Fernandes proferiu uma carinhosa exortação as energias espirituais e religiosas do autêntico bombeiro".

Os anos 60 acabariam também por assistir ao desaparecimento do Comandante José Maria Pereira. Em 4 de Maio de 1964, aquando da passagem do seu 55º aniversário, apesar da doença que já o minava, teve uma justa homenagem prestada por todo o concelho. Apesar deste imenso carinho com que foi rodeado, a doença acabou por o vencer. Depois desta sua derradeira batalha contra um inimigo poderoso, faleceu ainda em Dezembro desse mesmo ano de 1964. De uma colectividade pobremente instalada e mal apetrechada fez uma das primeiras corporações do Pais, levando-a a acompanhar na vanguarda, se não ultrapassando-a na evolução dos serviços de incêndios. O seu dinamismo e ânsia de mais e melhor não se circunscreviam a material, instalações e bem-estar dos seus Bombeiros. O seu funeral foi concorridíssimo, tendo estado presentes 43 delegações das corporações de Bombeiros.

No dia 16 do mesmo mês, a um Domingo, teve lugar uma sentida homenagem ao comandante José Maria Pereira. Novamente com a presença do Governador Civil de Santarém, Dr. Bernardo Mesquitela foi feita uma romagem ao cemitério, com missa de sufrágio por alma da Bombeiros, procedendo-se ainda à transladação para jazigo próprio da urna do Comandante José Maria Pereira.Já na Quartel, “na frontaria do edifício foi descerrada uma lápida com a seguinte inscrição: Quartel Comandante José Pereira – 29/5/1966

Com a morte deste grande Comandante, a Direcção dos Bombeiros de Vila Nova de Ourém, na sessão de 15 de Junho de 1965 procedeu à nomeação de Joaquim da Silva, que o Inspector de Incêndios da Zona Sul, por seu despacho de 29 do mesmo mês, sancionou.
Foi assim escolhido o directo colaborador do falecido comandante e portanto conhecedor da sua obra e fins e capaz, portanto, de a continuar a desenvolver.

No final de 1965, em Novembro, o Presidente major José dos Reis Rodrigues parte para Angola em Comissão de Serviço, tendo passado Joaquim da Silva a assumir o cargo de Vice-Presidente em exercício até ao regresso do já Tenente-Coronel Rodrigues em Março de 1968.

Em 1966 faleceu um dos grandes beneméritos da corporação, com 83 anos, Vicente Rodrigues que em 1961 foi agraciado com uma merecida homenagem a um homem que sempre pugnou pelos Bombeiros.

No dia 23 de Fevereiro de 1969, nas instalações do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém decorreu uma “importante reunião de trabalhos, em que tomaram parte comandantes e outros elementos directivos de 34 corporações de Bombeiros do Distrito de Santarém e da Região do Oeste, abrangendo portanto uma vasta área do País. Presidiu à reunião o Inspector de Incêndios da Zona Sul, Sr. Coronel Rogério Cansado”, durante a qual, na “parada do Quartel e perante numerosa assistência, teve lugar, depois um interessante exercício desenvolvido segundo tema apresentado pelo Sr. Inspector de Incêndios, que os nossos Bombeiros executaram com a sua reconhecida agilidade e proficiência, sob a competente orientação do Comandante Joaquim da Silva, tema esse mais tarde discutido e apreciado pelos comandantes das outras corporações presentes, entre eles representantes do Batalhão de Sapadores de Lisboa.

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[ 1970 - 1979 ]

Os anos 70 são marcados pelas obras de ampliação. Depois de terem sido analisadas as propostas para a execução de mão de obra, foi a mesma entregue a Joaquim Gonçalves Jorge. Em 17 de Agosto de 1970, uma Segunda-Feira, começou a demolição da parte a ampliar. No ano seguinte, em Abril, procedia-se à colocação do telhado no novo edifício. No início de 1972, as obras estavam em fase de acabamento, mas para que se encontrem neste estado, deve-se bastante dinheiro, sendo de toda a justiça destacar aqui o nome das firmas : Armazéns de Mercearia Sousa Dias, Lda. - António J. M. de Oliveira, H.os -Fábrica de Cerâmica Tijomel - J. Justino das Neves - Metalúrgica Activa de Caxarias. Ld.ª e a Moderna Ouriense, que foram de uma compreensão extraordinária, permitindo que as obras não quebrassem o seu ritmo. Como gratidão pelo seu altruísmo e como forma de o manter ligado à Corporação. Refira-se que os primeiros tijolos para a construção do Quartel vieram da cerâmica em Caxarias, com o rótulo de oferta. A Ambulância Mercedes: ficou com o nome de Acácio Casimiro Gomes do Souto, poeta oureense que, com os seus versos, muito contribuiu para a angariação de fundos no decorrer das festas com esse fim promovidas.

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Sendo normal a cedência de instalações para acontecimentos de ordem desportiva e /ou cultural, a partir da Revolução de Abril de 1974, o salão dos Bombeiros é muito requisitado para acções políticas.

Nesse sentido, pode ler-se em acta que, tendo sido recebida “a circular número quatrocentos vinte e oito barra noventa (…) de um do corrente do Governo Civil do Distrito em que é dado conhecimento de que nos termos da Lei, é posto à disposição dos Partidos Políticos, concorrentes às eleições, as nossas instalações para a realização da propaganda em moldes a combinar com a importância a cobrar pela cedência” o presidente da Direcção, Dr. António Pereira Marinho propôs que a “importância a cobrar não poderá ser inferior a quinhentos escudos para cada sessão”. Não deixariam contudo de ser emprestadas para fins mais comunitários, como por exemplo casamentos.

O biénio de 1976-1977 foi marcado por algumas vissicitudes, já que teve de se realizar uma Assembleia extraordinária em 26 de Março de 1977, para se proceder à eleição de novos Presidente e Vice-Presidente da direcção, tendo sido designados João Maria Campeão Patacho para Presidente e Maria da Graça de Almeida Pereira Verdasca Isabel, para ocupar o lugar de Vice-Presidente.

Em 25 de Junho do mesmo ano, teve de se realizar uma nova Assembleia extraordinária para se proceder à eleição do Tesoureiro e do 2º vogal por terem apresentado a demissão. Passaram a exercer o cargo Manuel Mangas da Silva, como Tesoureiro e Júlio Manuel Lopes Henriques, como 2º Vogal.
Não espanta pois que perante este período atribulado de fim de mandato, as novas eleições pudessem trazer algumas novidades. E, de facto, pela primeira vez na história dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém , surgiram duas listas. No dia 21 de Abril de 1978, na Assembleia Geral Extraordinária para eleição dos novos dirigentes para os anos de 1978-1979, com bastante afluência de votantes, acabou por ser eleita a lista 1, cuja Direcção era encabeçada por Joaquim da Silva.

Segundo a Liga de Bombeiros Portugueses, em 1978, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém, com sede na Avenida D. Nuno Álvares Pereira, apresentava, nessa altura, as seguintes características:

Telecomunicações: Telefone 42234 e rádio
Presidente da Direcção e 1.º Comandante: Joaquim da Silva
Instalações: Sede, Quartel, Casa Escola e Estação de Serviço
Viaturas antigas: l Chevrolet de 1929
Material antigo: l bomba braçal
Viaturas: Carros de fogo: 8
Ambulâncias: 6
Pessoal: Quadro honorário: 2
Corpo activo: 98
Corpo auxiliar: Enfermeiros: 7 Motoristas: l Permanentes: l
Actividades desportivas: Basquetebol, hóquei em patins, futebol e futebol de salão.

1979 seria, pelas piores razões, um ano que se destaca claramente na história dos anos 70 desta Corporação de Bombeiros. Fevereiro foi um mês marcado pelas cheias «considerada, com razão, a maior do século, tendo inundado em proporções alarmantes toda a área dominada pela bacia do Tejo, desde Abrantes a Lisboa, com especial incidência no Rossio ao Sul do Tejo e zona de Santarém. Grandes operações de salvamento foram desencadeadas mobilizando os meios aéreos, aquáticos e terrestres ao cuidado das forças armadas.

 


 

[ 1980 - 1989 ] 

Em 1980, realiza-se uma significativa cerimónia, em que aproveitando a entrega de galões ao segundo comandante e Ajudante do comando, recentemente promovidos – “A Direcção tomou conhecimento do ofício numero três barra oitenta do comando, em que visa a passagem ao Quadro Honorário do segundo comandante da nossa Corporação Senhor Mário Costa dos Santos e do chefe de serviço Senhor Agostinho Vieira Picota.

Importante marco para esta Corporação foi a estreia da Fanfarra, durante as cerimónias do dia sete de Junho de 1980, de baptismo de quatro viaturas e entrega de galões ao segundo comandante e Ajudante do comando, recentemente promovidos.

Em 1980, através do movimento Caxarias a Concelho, nasce a ideia da criação de uma corporação de Bombeiros desta vez com escritura pública. Celebrada no Cartório Notarial de Ourém, os Bombeiros Voluntários de Caxarias, iniciam oficial e legalmente a sua existência a 10 de Maio de 1983, no entanto o processo só estaria concluido anos mais tarde. Depois do parecer positivo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém, a tão desejada homologação do Corpo Operacional de Bombeiros de Caxarias, viria a acontecer em 27 de Dezembro de 1996.

Nos finais de Novembro de 1980, começa a tomar forma a ampliação do quartel, já que tinha sido adquirido um terreno contíguo pela soma de 1.700 contos. A ampliação das instalações irá permitir uma adequada recolha para as suas viaturas e deixará disponível a parada para instrução dos recrutas-aspirantes a bombeiro.

Os elementos efectivos da Corporação atingem cerca de uma centena e a eles se podem somar mais 25 que, ainda se encontram em fase de instrução.

Se nestes anos 80 o concelho é marcado por numerosos incêndios, também não é menos verdade que os valorosos soldados da Paz de Vila Nova de Ourém também se destacam nos concursos de Bombeiros, quer nacionalmente, que a nível internacional.

Em 1984 a Direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila nova de Ourém recebia um “ofício datado de vinte de Março da Junte de Freguesia de Freixianda informando do resultado da Assembleia para a criação duma secção desta corporação naquela sede de Freguesia. Face à pretensão apresentada pela Junta de Freguesia de Freixianda, relativamente à criação de uma secção de Bombeiros na sede daquela freguesia e tendo em consideração os contactos já havidos entre o comando, Direcção e respectiva Assembleia de Freguesia, foi deliberado concordar-se com a criação da citada secção, já que o comando, oralmente ouvido, entendeu ser pertinente tal aspiração. 

No Domingo dia 3 de Março de 1985, realizou-se a finalíssima do Concurso Nacional de Manobras, em Coimbra para apuramento do representante de Portugal no concurso internacional a realizar na Áustria, em Julho, que mereceu um natural destaque quer na imprensa nacional, quer local.

A 19 de Maio de 1985 era criada a 6ª secção dos Bombeiros Voluntários de Ourém. Foram impostas insígnias a “22 valorosos rapazes, os quais antecipadamente haviam tido preparação adequada e prestado provas, tendo todos sido considerados aptos e promovidos a Bombeiros de 3.ª classe”. Este cerimonial acompanhado pela fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém decorreu “na parada do quartel, tendo-se procedido ao içar das bandeiras nacional e dos Bombeiros de Ourém”. Depois das intervenções oficias, “os novos Bombeiros desfilaram por algumas ruas da localidade, fazendo-se transportar num carro pesado e outro ligeiro de fogo e uma ambulância, viaturas estas que, para já, ficam distribuídas à secção”.

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Realizando-se de 15 a 21 de Julho de 1985, na cidade de Vocklabruck na Áustria, o XV Congresso Internacional, os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém foram uma das corporações presentes.  Os Voluntários de Vila Nova de Ourém, concorreram na classe A, onde os nove elementos não podem somar mais de 269 anos. A nossa corporação realizou a sua prova, tendo feito o tempo da manobra em 55 segundos e o de pista em 66 segundos. Concorreram 48 equipas. Desta maneira, Ourém conquistou uma medalha de prata, ficando em 9° lugar na sua série, de notar que a equipa vencedora fez o tempo de manobra de 39 segundos e o de pista em 62 segundos.

A própria Liga dos Bombeiros Portugueses resolveu homenagear os Bombeiros portugueses que participaram no concurso internacional da Áustria, juntando as três corporações, de Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, Bombeiros Voluntários de Rebordosa e os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém. Reunidos em Vila Nova de Ourém, foram condecorados todos os Bombeiros que integraram as citadas equipas, com a medalha de ouro de duas estrelas da Liga. Finda a cerimónia foi descerrada, no Parque de viaturas da Corporação, uma lápide .

Um movimento embrionário surgiu em Junho de 1986, quando a Comissão da freguesia de Fátima para a angariação de fundos para os Bombeiros de Vila Nova de Ourém, começou a equacionar a criação de uma secção de Bombeiros. Apontando, como exemplo, a “existência de uma filial na freguesia da Freixianda” acreditavam possuir “o elo de ligação para a hipótese dessa adesão – as ambulâncias da confraria das Almas, que embora seja pertença de uma entidade religiosa, constitui uma obra em beneficio da população local”. No dia 24 de Agosto, compareceu na sede dos Bombeiros Voluntários, em Vila Nova de Ourém, “a Comissão pró-criação de uma Secção de Bombeiros na Vila de Fátima.

No dia 7 de Janeiro de 1987, comemoravam os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Ourém as suas bodas de diamante. Com a presença de várias individualidades, o Padre Vítor Melícias, Capelão Nacional dos Bombeiros Portugueses celebrou uma missa campal na parada do Quartel a que se seguiu, da parte da tarde, a inauguração da Placa Comemorativa do 75.º Aniversário, oferecida pela Câmara Municipal, bem como de um ginásio ao qual foi dado o nome do Comandante da Corporação, Joaquim da Silva. Com várias outros actos significativos, entre eles a atribuição de “medalhas de ouro “1 estrela” de assiduidade com mais de 20 anos.

No final do ano de 1987 foi inaugurado o salão polidesportivo que custou 13.500 contos e que, ocupando uma área de cerca de mil metros quadrados, tem 3 balneários. No entanto, só no final da década seria então lançado o concurso para a «Ampliação e Remodelação do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ourém».

Também mereceu especial atenção a revisão dos Estatutos. Assim, depois de várias reuniões preparatórias, em Fevereiro de 1989, foi “deliberado que se comecem a revogar e a aprovar, artigo por artigo pelo que, dada a sua complexidade, a assembleia deverá ficar em sessão permanente, e que só na última sessão se transcreva na íntegra os novos Estatutos”. Seria apenas na acta de 31 de Agosto desse mesmo ano que os novos Estatutos, entretanto aprovados, seriam transcritos.

Em 19 de Novembro de 1989, são abertas as propostas pela Comissão para o acto público do Concurso de nova obra, composta pelo Engenheiro Carlos Alberto dos Santos Batista, Presidente da Direcção, Engenheiro Júlio Fernando da Silva Gameiro, representante da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Professor Mário da Silva Coutinho Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Ourém, António Batista de Oliveira, José António da Silva Santos e Dionísio de Oliveira Reis, respectivamente 1º Secretário, Tesoureiro e 1º Vogal da Associação, e Joaquim da Silva, Comandante do Corpo dos Bombeiros. Analisadas as 6 propostas, foi “deliberado adjudicar as Obras de “ampliação e remodelação do Quartel” à Firma Pastilha & Pastilha, de Casal Vieira, por ser a que melhores condições apresenta para os interesses da Associação.” Assim, foi feito o Auto de Consignação, para poderem começar as obras “aos quinze dias do mês de Janeiro de mil novecentos e noventa

 


 

[ 1990 - 1999 ] 

Em 1990, no dia 5 de Agosto, um intenso fogo alastrou “na região de Fátima, consumindo pinhal, eucaliptal, mato, olival e pastagens, abrangendo uma área de 200 hectares. O fogo foi detectado cerca das 14 horas de Domingo, expandindo-se rapidamente por toda a zona, nomeadamente, Ortiga, Montelo, Amoreira, Moitas, Gaiola, Vale Cavalos, Pederneira, Paço de Soudo, Ramila, Bairro e Casal Farto. Como a “União faz a Força” e dadas as circunstâncias de perigo eminente, foi necessária a intervenção de Corporações vizinhas: Torres Novas, Tomar, Ferreira do Zêzere, Golegã, Entroncamento, Sardoal, Barquinha, Constância, Cartaxo, Rio Maior, Batalha, Leiria e Vieira de Leiria, totalizando 133 homens e 32 viaturas. Meios aéreos foram também utilizados no combate às chamas, através de dois aviões e um helicóptero da Pista do Lago Azul (F. Zêzere).

Continuavam entretanto várias actividades de índole cultural e desportiva nos Bombeiros. Um dos eventos que já tinha uma certa tradição era o futebol de salão, realizado no Pavilhão. Em 1991, tinha lugar o 2º Torneio de Inverno. Também as festas de aniversário eram um importante veículo de união entre todos os Bombeiros, onde a “velha guarda” primou sempre pela comparência. Quanto aos cortejos de oferendas, estes continuam a ser um importante meio de angariar fundos tão necessários para a actividade diária da Associação.

Aniversário da Corporação em 4 de Janeiro de 1992. Simbolicamente (e fazendo já parte da tradição), o bolo foi cortado pelo elemento mais velho, José Alho , ajudado pelo mais novo, Bruno Claudino.

Em 1992, decorriam a bom ritmo, as obras de reparação da cobertura do Salão de Actividades, para o que muito contribuiu a comparticipação “no valor de Escudos: 3000.000$00 da Secretaria de Estado da Administração Local e do Ordenamento.

As instalações dos Bombeiros, continuavam a ser requisitadas para os mais variados fins – políticos, sectoriais, culturais, educativos, desportivos, (muitas vezes aproveitando as festividades do Natal dos Bombeiros), recreativas e até para casamentos. Mas não era só o espaço físico que era pedido, mas também muitas vezes as mesas e cadeiras serviam a população. 

Em Março de 1992 realizava-se, nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ourém, o 30º Congresso Ordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses. “Presidiu ao Congresso o P. Vítor Melícias, na qualidade de Presidente da mesa dos Congressos e estiveram presentes, o Conselho Administrativo e Técnico da referida Liga, os Presidentes das Federações de todo o País (incluindo Açores e Madeira que, registe-se, pela primeira vez marcaram presença num Congresso), o Presidente da Câmara de Ourém, recebido com formatura e fanfarra pelos Bombeiros locais e, em representação do Bispo da diocese, o Coadjutor D. Serafim.”

Os anos 90 assistiriam ao desaparecimento de mais uma figura querida dos Bombeiros de Ourém. No dia 12 de Setembro de 1993, falecia, vítima de um acidente de viação, o Dr. Albano Rodrigues. Com 81 anos de idade era natural de Mortágua, onde nasceu a 23 de Fevereiro de 1912. Formando-se em medicina a 24 de Junho 1940 nesse mesmo ano veio para Ourém onde, desde então, exerceu a sua actividade.

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No dia 10 de Novembro de 1993, por despacho do Ministério da Administração Interna, foi criada a 7.ª secção dos Bombeiros Voluntários de Ourém, com sede na freguesia de Espite. No ano seguinte, em Agosto iniciava-se a construção do quartel da secção de Espite, obras essas que se prolongaram até 1999. Enquanto isso, a sede da corporação funcionava primeiramente na sede da Junta, tendo-se depois mudado para a cave do então recém inaugurado Lar. Depois de um breve regresso às instalações da Junta, 1999, assistiria à ocupação do novo edifício, criado de raiz para receber os Bombeiros.

 Em 1995, após meio século como bombeiro, 30 anos dos quais ocupando o cargo de comandante e de ter permanecido uma dúzia de anos na direcção da Ligados Bombeiros Portugueses, Joaquim da Silva, com 66 anos de idade, deixava o comando dos Voluntários de Ourém, passando ao quadro honorário da corporação. O comando acabou por ser entregue a José Baptista Henriques. Passava a chefiar uma corporação com cerca de 200 efectivos e quatro secções divididas por outras tantas freguesias.

Em Abril de 1995, ainda sem quartel, a secção de Fátima, começou a funcionar com 3 ambulâncias no activo e com cerca de 45 elementos. Todavia, apesar de estar criada a secção de Fátima o comando técnico e operacional dependia de Ourém. No mês seguinte passam a ocupar instalações cedidas pela autarquia, no mesmo edifício que alberga o Centro de Saúde e a Biblioteca. Davam-se entretanto os primeiros passos para a autonomia plena. Em 22 de Abril de 1995, a Liga dos Amigos dos Bombeiros Voluntários de Fátima formalizou por escritura pública a sua existência legal. Agostinho Xavier foi o seu primeiro presidente. A inauguração das instalações (onde ainda hoje se encontram) realizou-se no dia 3 de Dezembro desse mesmo ano.

Em 27 de Março de 1998, ao ser novamente eleito presidente da Direcção, Carlos Batista estabelecia algumas metas a alcançar nos finais dos 90: Dinamizar a Associação junto da juventude, passando pela angariação de novos sócios e de regalias para os mesmos. (…) Protocolos com escolas, associações culturais, e com a Câmara Municipal estão a ser limados para que seja permitido o usufruto das instalações pela população para desta forma, familiarizar a corporação dos Bombeiros e o exercício das suas funções no concelho. Mas a grande novidade está na construção do sector C, uma nova secção que terá um pavilhão com balneários e posto médico para uso do corpo activo e posteriormente para uso dos sócios, a realizar ainda no ano de 98. 

No ano seguinte, em 1999, para ajudar às despesas inerentes às suas funções, (…) a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém promove dois espectáculos, um de variedades dia 15 de Outubro, no cine-teatro municipal de Ourém e outro de fados, no salão nobre dos Bombeiros, dia 4 de Dezembro. Com estes espectáculos, os Bombeiros pretendem angariar fundos que ajudem a renovação que este ano está a ser levada a cabo, em equipamentos na área da saúde, bem como nas instalações onde decorrem obras de remodelação do salão de jogos e dos balneários do sector operacional.

No inicio de 1999, ao comemorar o seu 87° aniversário, o comandante dos Bombeiros, Júlio Henriques, fez um breve balanço do ano de 1998, salientando que «foram chamados a intervir 3.367 vezes. Dessas, 325 foi para combater incêndios, tendo ardido uma área de 56,5 hectares, 513 para socorrer acidentes, 2.126 para efectuar emergências médicas, ficando as outras ocorrências (aberturas de portas; cortes de árvores, lavagens de estradas e prevenção a provas desportivas), pelos 258 chamamentos. Os números provam assim que, cada vez a intervenção dos Bombeiros vai mais além daquele que é o núcleo central da sua actividade, o serviço de incêndios e o serviço de saúde. Tal situação, afirma o comandante, “obriga a uma presença quase permanente de efectivos, o que não é compatível com o actual estatuto em que os voluntários se encontram”, tornando-se bastante difícil articular as necessidades com a disponibilidade dos soldados da paz. Proféticas palavras estas para um ano que se viria a revelar trágico. Para o comandante foi um “ano horribilis”, dado que os incêndios têm tomado proporções bastantes grandes, o que tem dificultado a acção dos Bombeiros e o calor que se tem feito sentir também tem ajudado a que o desenvolvimento de fogos seja bastante grande.

Valeu a estratégia que foi criada a partir do ano anterior, com dois grupos de GPI's - Grupos de Primeira Intervenção, com cinco Bombeiros por viatura e um GAP - Grupo de Apoio, que é um auto-tanque com dois Bombeiros.

  


 

[ 2000 - 2009 ] 

A passagem do milénio trouxe consigo o desaparecimento de uma das figuras mais emblemáticas dos Bombeiros de Ourém, o saudoso Comandante Joaquim da Silva. Com 50 anos de vida dedicados à Corporação, oito dias após ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica, aos 74 anos de idade, viria a falecer no Hospital de Leiria. Como referiu o Noticias de Ourém, “Bombeiros de corporações do norte e sul do país, autarcas, elementos da Protecção Civil e centenas de cidadãos anónimos não quiseram deixar de dizer o último adeus ao antigo comandante (…). Os Bombeiros prestaram-lhe a última homenagem, com todos os homens a associarem-se ao luto, desde as 11 horas da manhã de sábado até às 11 horas de domingo, hora a que foi a enterrar, com quatro homens, constantemente, a render-lhe guarda de honra", segundo publicação do jornal Noticias de Ourém, de 17 de Março de 2000.

Ao longo dos 600 anos de existência dos Bombeiros em Portugal, o papel da mulher sofreu uma evolução que podemos subdividir em três fases distintas: uma primeira fase de participação efectiva, depois uma outra de menor protagonismo e por fim uma terceira, de total integração. No inicio do século XX as mulheres ainda necessitavam da autorização dos pais, caso fossem solteiras, ou dos maridos, para poderem participar nos órgãos das associações, conforme exigia o Código Civil. Actualmente, como sabemos, está consagrada na Constituição Portuguesa, a igualdade sexual. Depois do 25 de Abril de 1974, a Constituição Portuguesa acabou com estes entraves e, a pouco e pouco, os Corpos de Bombeiros foram integrando nos seus quadros activos, elementos femininos. Em relação à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém, encontramos ligada à vida associativa, a partir de 13 de Abril de 1977, como Vice-Presidente da direcção, Maria da Graça de Almeida Pereira Verdasca Isabel, filha do Comandante José Maria Pereira.Já em relação às actividades do corpo de Bombeiros, a questão era bem diferente. Em Agosto de 2002 foi dada a conhecer a intenção de criar “muito brevemente, um corpo feminino de Bombeiros”. Para o efeito seriam abertas inscrições para mulheres com mais de 18 anos e com a escolaridade obrigatória que deveriam, posteriormente, receber instrução no seio da própria corporação. 

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Em 2002, a Direcção dos Bombeiros achou-se ser necessário, passados que são 20 anos desde as últimas alterações, em 1982, proceder-se “a uma nova actualização moldando-os e renovando-os de acordo com a realidade existente, sem lhes retirar, naturalmente, o seu carácter Associativo e mantendo-lhe o seu perfil unificador.” Assim, foi deliberado agendar uma reunião especifica sobre esta matéria, para o dia 21 de Setembro, “onde deverão estar presentes para além do elenco directivo, os Senhores Presidentes da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, e também o Sr. Comandante. Seria na Assembleia Geral Extraordinária de 11 de Outubro desse mesmo ano que seria analisada e votada a proposta de alteração dos Estatutos da Associação, bem como também seria apresentada e votada a proposta de regulamento interno da Associação.

 2002 foi um ano complicado para os “Soldados da Paz” a nível nacional. Também Ourém não esteve imune. “Só no mês de Julho ocorreram 70 incêndios no concelho, tantos quantos os que tiveram lugar entre Janeiro e Julho. Há já 700 hectares de área ardida”, apontando-se mão criminosa na maior parte dos fogos. A situação era grave e «tudo isto sem que Ourém tenha podido contar, este ano, com o apoio dos meios aéreos que, encontrando-se no Sardoal, “ levam sete a dez minutos a chegar (…). Por isso, os corpos directivos dos Bombeiros de Ourém não deixam de la-mentar que existam estruturas no concelho sem ser utilizadas, como é o caso da pista da Giesteira.

A mudança de século não trouxe grandes mudanças na área da cultura e desporto. O Núcleo de Actividades Desportivas e Culturais dos Bombeiros continuou activo. Em 2002, a Direcção “tomou nota do empenho e da dedicação (…) na organização do Torneio de Futebol de Salão, que está actualmente a decorrer, as preocupações inerentes à realização das já tradicionais Fogueiras dos Santos Populares, pretendendo ainda e após a época dos Fogos Florestais, promover a realização de um torneio de Snooker e uma Sessão de Fados”. Também importa referir o II Festival de Fanfarras, realizado no dia 16 de Junho. 

Em 2005, em pleno Verão os Bombeiros do concelho, enfrentam o fogo em Espite, vindo da Memória. Com cerca de 40 graus de temperatura e vento forte que propagou o incêndio por seis freguesias do concelho, os cerca de 80 homens e 6 viaturas, eram manifestamente insuficiente para acudir às chamas que durante quarenta e oito horas, lavraram intensamente. Dez casas de habitação, uma oficina, barracões, animais e mato foram consumidos pelo fogo. (…) O negro das cinzas povoa os sete mil e quinhentos hectares consumidos nas freguesias de Casal dos Bernardos, Urqueira, Olival, Espite, Matas e Caxarias.

O Comandante Júlio Henriques considerou-o “um dos incêndios mais graves na história do concelho”, tendo sido accionado o Plano Municipal de Emergência.

Estranho é terem deflagrado com um curto intervalo de tempo quatro incêndios. Mais uma vez, era a mão criminosa dos piromaníacos que fazia perigar não só bens mas também a vida de pessoas. Quando o incêndio em Santarém dos Tojos, freguesia de Gondemaria estava “praticamente circunscrito” deflagram as chamas junto ao restaurante “Pirilampo” em Areais, Gondemaria. Da freguesia de Gondemaria passou para a freguesia de Atouguia. Estiveram envolvidos no combate a este incêndio 16 viaturas e 60 homens das corporações de Ourém, Fátima, Caxarias, Batalha, Torres Novas, Leiria, Coruche, Santa Catarina e Minde.

Com a passagem do milénio, o espaço físico da sede da Associação continua ao serviço da população. “Sobre a utilização do Pavilhão Gimnodesportivo, referiu o Sr. Presidente da Direcção, que teria na sua opinião todo o sentido que fossem promovidas acções de incentivo à utilização daquele espaço, por parte da sociedade civil, sendo a gestão das respectivas actividades a implementar – ginástica, Karaté, Escola de Futebol, etc... – da total responsabilidade da Associação.”

Na boa tradição herdada do século passado, continuava a ser utilizado por outras instituições, com é o caso, em 2007, da « “Juventude Ouriense”, “Jardim Infantil” e “Centro de Recuperação Infantil – CRIO”, para que á semelhança do que se tem verificado em anos anteriores, cada entidade possa desenvolver as actividades desportivas que pretende. A partir de 2007, adaptando-se às novas tecnologias, surgiu a intenção de construir uma página na Internet, divulgando assim pelo mundo inteiro a actividade dos Bombeiros Voluntários de Ourém.

No dia 1 de Junho de 2008 Cátia Marques iniciaria o seu trabalho na Corporação de Ourém, vinda da Cruz Vermelha de Leiria, onde se tinha inscrito, já que não podia ingressar nos Bombeiros da sua terra, tornando-se a primeira mulher a aderir ao corpo de Bombeiros de Ourém. Esta mudança continuaria a fazer-se sentir e, passados apenas 15 dias, entraria também ao serviço da Corporação Cristina Pereira. A estas duas mulheres juntaram-se outras duas que pertencem à secção da Freixianda, Graciela dos Anjos Silva Alves e de Espite, Cecília Maria Pereira. Para ajudar no combate aos incêndios debatia-se, a partir de 2008, a “criação ou não de uma Equipa de Intervenção Permanente, em parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Câmara Municipal de Ourém que naturalmente ficará sedeada no nosso Quartel. Aprovada por unanimidade a proposta, no ano seguinte era “apresentada uma proposta do senhor Comandante, onde dava conta da selecção dos candidatos a integrar a Equipa de Intervenção Permanente – EIP, cuja relação nominal se dá conta: Custódio Jorge Marques Oliveira (Chefe Equipa), Hélder Manuel Pereira Vieira, Tiago José Pereira Lopes Cruz, Nelson José Lopes Serôdio e Tiago Fernando Mordomo Dias Alves”.

Previa-se que entrasse ao serviço logo no inicio de 2010, o que de facto veio a acontecer. Esta Equipa de Intervenção Permanente – EIP, tinha um programa semanal de actividades. Em Outubro de 2010 estavam no terreno, “a efectuar visitas a lares de idosos, para determinarem, avaliarem e registarem operacionalmente as melhores formas de intervenção”.

 

 

 


 

[ 2010 - 2019 ] 

 

Em 2010, mais um passo foi dado no “sentido de se adaptar á realidade da nossa Associação a matriz emanada pela Liga dos Bombeiros Portugueses - esforço que pretende homogeneizar a nível nacional os Estatutos das Associações de Bombeiros – esteve presente uma proposta de alteração dos Estatutos”. Depois de analisada pela Direcção “ foi deliberado por unanimidade aprovar este projecto de Estatutos, e consequentemente submetê-lo á aprovação da Assembleia Geral Extraordinária, agendada para o próximo dia 11 de Fevereiro.

Num outro âmbito cultural, também o concelho beneficiou da actividade dos Bombeiros de Ourém. Assim, no dia 30 de Janeiro de 2010, realizou-se nas suas instalações o Conselho Nacional Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses, evento que fez rumar a Ourém, representantes das estruturas dos Bombeiros, provenientes dos mais diversos pontos do País. Com a participação da Governadora Civil de Santarém, na sessão de abertura, o conselho abordou as actuais preocupações das Federações e dos Bombeiros e os desafios que o século XXI coloca a todas as Corporações do País.

Uma ideia interessante presidiu ao protocolo de geminação entre as associações de Bombeiros Voluntários que iniciaram a sua actividade em 1912. Tendo em vista a comemoração de 100 anos de vida, os Bombeiros de Ourém, Dafundo, Pombal, Faial, Vila Conde e Carnaxide assinaram em Pombal, a 15 de Maio de 2011, o referido protocolo, com o sentimento firme de “colaborarem solidariamente para o bem estar dos seus Bombeiros, para melhorar as condições associativas” e de que este relacionamento se tornará “extensível às populações das áreas geográficas que cada uma delas serve, fomentando os contactos entre elas.”

 

O 4 Janeiro de 2012

Embora com actividades a realizar ao longo de todo o ano civil, entre as quais se inclui o lançamento de um livro, não poderíamos deixar de dar um destaque a este dia 4 de Janeiro, centenária, que marca indelevelmente a vida e a história deste concelho. As celebrações oficiais iniciaram-se no dia 4 de Janeiro, mas só no dia 8 foram solenemente realizadas, com a colocação de flores no monumento aos Bombeiros, seguindo-se uma celebração eucarística, no Centro de Negócios de Ourém, presidida pelo padre Vítor Melícias.

Foram inauguradas as obras de remodelação do quartel, no valor de 400 mil euros, comparticipadas pelo QREN (70%) e pelo Município de Ourém (30%), contemplando a construção de camaratas femininas e a modernização do equipamento central de comunicações, entre outras melhorias nas instalações. Foram ainda baptizadas três novas viaturas - um pesado de combate a incêndios urbanos e industriais oferecido pela Câmara Municipal, outro de combate a incêndios florestais cedido pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e ainda uma ambulância cujo valor foi deixado em testamento por um casal oureense falecido no ano passado. A Corporação foi ainda agraciada com duas medalhas pelos serviços prestados ao longo destes 100 anos, a Fénix de Honra pela Liga dos Bombeiros Portugueses e a Medalha de Ouro de Mérito Protecção e Socorro da ANPC. Como tónica da continuidade e da dinâmica desta centenária instituição, o momento foi ainda marcado pela imposição de divisas a 20 novos soldados da paz, que irão reforçar o corpo de Bombeiros. Actualmente a corporação é composta por 150 elementos no activo e tem 1792 sócios activos. Seguiu-se o desfile apeado e motorizado, com a representação dos corpos de Bombeiros de Caxarias e Fátima e das associações geminadas (Carnaxide, Dafundo, Faial, Pombal e Vila do Conde), e a largada de cem pombos evocativos do centenário. A evocação destes 100 anos terminaria com uma sessão solene no Cine-Teatro da cidade. Sessão solene no CineTeatro onde foi entregue o Crachá de Ouro da Liga a Carlos Batista e ao Comandante Júlio Henriques.

 

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